quarta-feira, janeiro 26, 2011

boa noite

uma parede branca, movimentos repetidos, sombras perdidas, biatas de cigarros no chão, luzes flourescentes, memórias soltas, sentimentos confusos, saudade arrepiante, um beijo ardente, um toque suave, sons de rua, carros a passar, pessoas a falar, uma cama, uma manta e almofada, e assim se fez noite, ela adormeceu e sonha com o amanhã brilhante, leve, limpo, e acima de tudo, com um novo dia.

terça-feira, janeiro 25, 2011

olhou-a profundamente, como que se tentasse transmitir tudo aquilo que mais desejava, o seu sorriso foi rasgando suavemente, abrindo carinhosamente demonstrando uma grande alegria, por tê-la ao seu lado.. sem que nada o preve-se, agarrou-a calmamente, apertando contra si, o seu corpo quente, cheio de palpitações velozes que cresciam a cada aproximação.. ela, sem mais demoras suspira com ele, de alivio, de alegria, de satisfação. o abraço dele, acalmou-a, e todo o seu medo desapareceu. ele envolveu-a no seu carinho, e acariciando-a calmamente, aproxima-se dos seus lábios, lentamente, e ela sentindo a sua respiração tão perto e o seu toque leve na cara, fecha os olhos e todo o seu corpo é invadido por um enorme arrepiu, levando-a para bem longe dali.
ambos se aproximam cada vez mais, os lábios quase se tocam, e quando tudo lhes parece irreal e mágico, beijam-se suavemente como um toque de cetim, os lábios fundem-se, os corpos tornam-se num só e os seus corações batem, cada vez mais, e mais, e mais.. sem parar, ardentemente se vão envolvendo, e tudo o que está à sua volta, deixa de existir, tudo se torna límpido, claro e leve. e ali ficaram os dois, juntos, sorrindo.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

tempo

gostava de poder sussurar-te ao ouvido todas as palavras doces que me percorrem a mente. sem interrupções, sem medos e receios.
num sono bem profundo, estou deitada ao teu lado, a olhar-te sem que te apercebas de tal coisa. ocorrem-me várias palavras e actos, prontos a serem realizados, mas tu, tu simplesmente dormes a meu lado, sem perceberes o que raio me vai na alma, sem que te passe minimamente na alma o que sinto e o que quero. desejo fortemente que acordes, anseio por te ver a olhar para mim, como eu para ti. eu sei que vai levar tempo, sei que não será amanhã, e muito menos daqui a um mês. e também sei que quando conseguires perceber o que não te digo, será tarde demais, e aí, aí já não terei palavras doces, nem actos prontos a serem realizados, aí vais olhar tu para mim, enquanto eu durmo, e aí vais entender tudo aquilo que desejei e não realizei.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

flores e florzinhas que vão apodrecendo em mim, a alma já não é o que era, está fria, cheia de buracos, ferida de todos os acontecimentos passados, magoada, chora, sorri, e volta a chorar. foge, refugia-se, e depressa se apercebe que não é ninguém para além dela própria, não é mais que ela. e chora. e sorri. e chora novamente. tenta desesperadamente, saltar, voar, correr, ser livre... e nada. nada consegue, ou nada tenta. chora por ela, chora por outros e chora e chora e chora.
alma perdida e sentimento fudido.
i'm here, i'm real, it's true, i do exist.

quinta-feira, janeiro 13, 2011

existem prazeres, objectivos e orgulhos.
eu tenho o prazer de conhecer, o objectivo de subir na vida e o orgulho de conseguir alcançar tudo o que prezo.

domingo, janeiro 09, 2011

terça-feira, janeiro 04, 2011

sento-me, é um banco de jardim, de pedra, duro e frio. diante de mim tenho o mar, aquele azulão, tranquilo, que corre entre marés, tráz e leva memórias de quem nele depositou todos os seus segredos. ali fico durante tempos, a pensar no que sou, no que fui e no que me poderei tornar. sinto falta de variadas situações e sensações que por mim passaram. tenho saudades do que ainda não perdi, do que sei que poderei perder e tento abstrair-me disso. quero viver intensamente todos os maravilhosos momentos, rir-me e abraçar tudo e todos. voar livremente por onde quero, aprender e conhecer. quero ser eu, sem rodeios nem preconceitos.