quarta-feira, julho 23, 2014

tornei-me dependente da independencia

Gostava. Sim, gostava de conseguir compreender. Não é que não compreenda, porque sem dúvida que é das minhas maiores e melhores qualidades, como ser humano, compreender. Mas, sim. Gostava de poder entender (se calhar é mais assim). Entender porque é que existe a necessidade de apontar o dedo, sempre, mas sempre que demonstro que sou feliz com a minha vida, sou feliz com as minhas escolhas, com o meu caminho, com os meus sentimentos. Que sou feliz por mim, que sou feliz comigo, que simplesmente sou feliz! E vejo felicidade, nas pessoas, nos sorrisos, nas conversas, no café e no arroz. "porque a felicidade vem de dentro" já dizia a IKEA, não há razão para não o ser, para não ver, para não sentir. Primeiro de tudo, temos de procurar aquilo que nos faz feliz, a razão de sorrirmos tão naturalmente no dia-a-dia, com simples coisas da vida, com um gesto tão banal como, abrir os olhos pela manhã... porque não sorrir quando se acorda de uma boa noite de sono? Porque não? Não é razão mais que suficiente conseguirmos de facto, todos os dias abrir os olhos, olhar para o tecto, para a almofada, ou para as horas, e simplesmente sorrir? Porque existimos e vivemos, independentes. E a independência não é "não depender" dos outros, a independência é dependência, é dependência da tua felicidade, da tua liberdade, do teu amor... tu dependes de ti, única e exclusivamente de ti. Agarra-te com toda a força, torna-te uma âncora. Cria o teu ponto seguro, procura a zona de conforto, em ti, lá dentro. Buscar ser feliz, é a tarefa mais fácil de todos os tempos. Ser feliz é a melhor profissão deste mundo. E não tem de vir num canudo, não tens de receber uma carta com carimbo oficial do Conselho da Suprema Felicidade, para seres de verdade um humano feliz. Para viveres de verdade com um sorriso na cara. E também não és feliz porque alguém o diz que és, tal como não és uma pessoa com problemas, só porque alguém te diz que tens problemas. Reflecte sobre ti, pensa por ti, olha-te como ninguém te olha, ama-te primeiro. É assim. É isto. Tão simples como, agradecer ao universo a tua existência, a tua passagem por este mundo, as vivências, e as tuas relações.
Por isso eu agradeço, agradeço ao universo por me ter dado esta experiência, de viver. E conhecer com a vida, tanta coisa boa que me faz o dia, coisas tão simples e boas como, um gelado! Como o mar! Como a areia quente! Como a chuva de domingo a tarde! Como uma irmã, como uma mãe. Como todas as outras pessoas que fazem parte de mim, da minha vida, do meu passado e do meu presente e futuro. Pessoas de ontem, de hoje e do mês passado. Pessoas, animais, comida, natureza, culturas... viva a vida!

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