segunda-feira, dezembro 06, 2010
amor?
corria que nem louca, sem destino, e sem querer, entrei num novo caminho. fui à descoberta, olhei para todos os cantinhos, só pensava no quão esquesito era, tão novo e fresco. onde irei parar? pensei. continuei, de mão dada com o (supostamente pensava eu), amor. sorri, ri, fui feliz, vivi todos os momentos com o maior do entusiasmo. senti com todo o coração aquilo que via, aquilo que estava ao meu lado, aquilo que se punha no meu caminho. senti com força e força. tropecei montes de vezes, encontrei imensas pedrinhas e pedragulhos no caminho, alguns guardei porque os achava interessantes, outros simplesmente ignorei, pensando não voltar a ve-los. enganada, continuei o meu caminho, pensando no quanto feliz estava, sem ver que para trás só deixava marcas jamais inalteráveis. nunca me passou pela cabeça no quão mal me estava a fazer. nem sempre o amor esteve do meu lado, muitas vezes dava por mim de mão dada com o odio, com a raiva e até mesmo com o engano. não sabia porquê, nem como. ignorei e continuei sempre à procura daquele que me deu a mão desde inicio. até que cheguei a um cruzamento, tive de fazer escolhas, tive de novamente seguir outro caminho, e o amor? o amor simplesmente me deixou continuar sozinha, dando-me pontapés, puxando-me para baixo e não me deixava subir, não me deixava continuar. não percebia o porquê, não percebia porque razão não me deixava ir, ou porque razão não me acompanhava. porquê? egoismo, tudo se resumia a egoismo. não me queria ver feliz, não me queria acompanhar, porque sabia que iria sempre haver uma barreira, atalhos diferentes e que provavelmente não nos voltariamos a encontrar tão cedo. eu acreditava que sim, acreditava que por mais longe que estivéssemos, o sentimento iria ser muito mais forte, iria superar tudo. mas o amor, o amor foi egoista, foi hipocrita, e ensinou-me que não só é preciso amar, mas como também é preciso SABER amar. e o próprio amor, não sabe o que é amar. nunca soube. e duvido que algum dia saberá. primeiro tem de aprender a respeitar, tem de aprender que nem tudo se resume a contacto fisico, o sentimento também manda. e mais importante que sentir e tocar, é saber estar nas duas situações, separando-as, e aprender a viver com as duas. sem receio. nem egoismo.
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